Olho para o céu e vejo aquela luz imensa...e
sem conseguir fixar, logo volto meu olhar para baixo, sentindo de maneira
ofuscante o quanto impossível é enfrentar seus olhos, o quanto impossível é
encarar essa luz, essa luz que produz, que reluz a uma distância que o
pensamento não entende, que produz transformação, que emana a energia que
clareia nossos dias, que oferece sua face pra nos banhar de calor e cor, nos
enchendo de alegria, de euforia...
A formidável luz que não se apaga, como uma
tocha inesgotável, incansável, inigualável...
Poderoso, astro rei do palco das estrelas,
sempre presente - mesmo quando ofuscado pela cortina das nuvens -, surgindo de
cada tempestade, passageira ou duradoura, que favorece todo reinício, toda
retomada, que nos mostra a cada nova jornada a fortuna de um novo dia, como se
nos empurrasse dizendo: “vai, já é dia! Um novo dia!”.
Algo maior nos envia sinais através da sua
natureza, a cada instante...e se eu aprendi a ler, o fantástico
sol me ensinou uma lição: que o dia sempre amanhece nos dando a chance de
tentar novamente, sem a pretensão de acertar, mas de aprender que, a cada novo
dia, temos a possibilidade de tentar acertar e já acertando por tentar.
ARTESÃO AMIGO
FÁBIO DERVILANI
Sou apaixonado por imagens, por paisagens, por fotografia; fotografo sempre que posso!
Na minha ótica, acho que a fotografia pode dizer muitas coisas. Não só aquela fotografia que pode ser revelada, impressa, mas também, aquela que é impressa na mente, aquela que captura o dia a dia, o milésimo de segundo, enquadrado pelos olhos de quem observa...
Aquele momento enquadrado no cotidiano, a resposta ao mundo que provém do mundo particular que cada um vive...
A expressão corpórea que fala mais que palavras, as diferentes respostas emitidas por iguais, ou as semelhantes cenas atuadas por diferentes.
Portanto, mais que um escritor, me considero um observador...um observador que, com um pouco de poesia, tenta expressar na escrita o que vê, dando como resposta ao mundo as imagens do seu mundo interior...