(homenagem póstuma a C.L.
um grande amigo, parceiro de todas as horas.
Enfim, um irmão que fez a viagem de volta,
precocemente, em dezembro de 2019)
Tomei coragem
Talvez tenha sido
O tempo
De você chegar ao céu.
Vazio imenso
Como imensa era sua alegria.
Deve estar sendo difícil pra você.
Assim como está o nosso dia a dia.
Dias cinzas,
Dias sem graça.
Apenas o tempo passa.
Muitos olhos vermelhos,
Muito choro e muito ranger de dentes.
Falta gente feliz,
Falta você com a gente.
Mas, ainda creio num Deus supremo
Que nos dá total liberdade
Se acertamos ou erramos
Pra nos julgar, tem a eternidade.
Inda mais, se de forma abrupta.
Em segundos, tudo termina
Nas mãos de uns filhos da "mãe".
Quando for a vontade de Deus
Nos encontraremos por aí.
Pois só ELE mesmo sabe
A hora de cada um partir.
Posso demorar muito
Ou posso ir em breve
Só nossa amizade
Não há tempo que leve.
Até um dia...
Dia que o Senhor escolher
Aí sim, eu espero
Que, de novo, eu mereça te ver.
Fique aí, ao lado de Deus
Pois você é merecedor
Viveu com muita alegria,
Dedicação e amor.
Um beijo e um abraço
De todos que aqui ficaram.
Esses que te amaram.
"Qualquer dia, amigo,
A gente vai se encontrar"
Como diz a canção.
Nascido no sertão cearense, na cidade de Acopiara, em 1969. Filho de humildes agricultores.
Desde cedo, sempre teve um olhar poético sobre o mundo.
Apaixonou-se pela Língua Portuguesa ainda na 6ª série. Nessa fase também já tinha apurado o gosto pela leitura, com predileção pela literatura brasileira, em especial, Érico Veríssimo, José Lins do Rego, Carlos Drummond de Andrade, entre outros.
Licenciado em Letras pela Universidade Braz Cubas, de Mogi das Cruzes, SP.