Hoje faz vinte e dois anos
que escrevi este poema em homenagem à minha perpétua Musa NELLY ASSIS.

O JARDIM DA MUSA (03/07/1993)
Poema para NELLY ASSIS
E os trevos se entreolham no seu enlevado delírio
Como as violetas a refletirem a luz dos
olhos dela
Nas profundezas da esperança de amar
sem martírio
A flora toda se aquieta quando a Musa
abre a janela
As avencas se entrelaçam em pranto vão
e renitente
Para espanto incomum do amor outrora
tão perfeito
Sem o consolo do bom cravo a lhes
perfumar o peito
E para o sutil
desprezo da pálida margarida deflorada
Diante do olhar marejado da rubra rosa
despetalada
A bela cerra a janela com suas
mãozinhas de cetim
A esperar que ela nua se entregue num
melhor ensejo
Aprisionada no vaso frágil da
embriaguez do seu desejo
Que bebe os doces aromas da sua boca
jamais beijada
O ARTESÃO DESTE TEXTO:

Nasceu aos 21 de abril de 1958 na Capital de São Paulo. Durante algum tempo de sua infância morou no sítio de sua família, no sul de Minas Gerais, com seu pai e seu avô que liam bastante, e acabaram dando a ele o bom gosto da literatura. Alguns anos mais tarde, habituado às constantes consultas a enciclopédias e ao diário conhecimento de clássicos brasileiros, foi se interessando pela História do Brasil e pela beleza da escrita dos nossos maiores mestres, resolvendo assim, arriscar-se a escrever crônicas e poemas. Observou em breve tempo as imensas dificuldades da arte, não apenas em nosso país, como em toda a parte, mas mesmo assim prosseguiu sua jornada de letras, sonhos e realizações pessoais, em função da fé em suas verdades.