ARTESÃO DA LITERATURA

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

PALCO – Fábio Dervilani


Chequei ao fim...
Cheguei ao fim do que deu certo, cheguei ao fim do que mais parece uma semente, cheguei mais perto do que penso...
Conheci o aplauso, decorei meu olhar...
Não parava de querer!
Tenho medo de esquecer, não quero perder o que ganhei!
Fui reconhecido pelo meu próprio reconhecimento, obtive resposta sem perguntar a ninguém...
Vivi o plano, sem pano de fundo...
O preto no branco que dava a cor, que dava o tom, que coloria, que competia com a luz que, na simplicidade do foco, fazia brilhar quem já era brilho...
Aquele que com seu brilho saiu do trilho e trilhou a surpresa...surpreendeu quem não sabia e via, viável era pra quem conhecia, visível se tornou pra quem escreveu...
Surpreendeu quem fechava os olhos ao invés de ver, surpreendeu quem via o viés da vida...mas, de onde eu via, não pisquei, extasiado fiquei!
Me senti alimentado, alimentado por um alimento que não sacia, que dá ainda mais fome...a fome que não tem nome, porque não se consegue denominar, porque palavras não explicam, apenas preenchem o protocolo de explicar; contentam a necessidade de escutar, mas não contemplam o sentido do vivido, saciam o ouvido de quem escuta, mas não reproduzem o sentido do que sentido foi...
A diversão era completa, não sou mais o mesmo nem quero ser mais, pois pisei no mesmo palco onde a vida foi dita de peito aberto e fez ao céu por alguns instantes invejar...


      ARTESÃO AMIGO 
     FÁBIO DERVILANI


Sou apaixonado por imagens, por paisagens, por fotografia; fotografo sempre que posso!

Na minha ótica, acho que a fotografia pode dizer muitas coisas. Não só aquela fotografia que pode ser revelada, impressa, mas também, aquela que é impressa na mente, aquela que captura o dia a dia, o milésimo de segundo, enquadrado pelos olhos de quem observa...

Aquele momento enquadrado no cotidiano, a resposta ao mundo que provém do mundo particular que cada um vive...

A expressão corpórea que fala mais que palavras, as diferentes respostas emitidas por iguais, ou as semelhantes cenas atuadas por diferentes.

Portanto, mais que um escritor, me considero um observador...um observador que, com um pouco de poesia, tenta expressar na escrita o que vê, dando como resposta ao mundo as imagens do seu mundo interior...









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