ARTESÃO DA LITERATURA

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

TUDO BEM !


Sim eu entendo, entendo em que certos momentos a incerteza nos leve quase que a necessidade de deixar a vida cotidiana nos carregar, desligamos as defesas e aproveitamos a facilidade de permitir que o cotidiano faça a escolha por nós, o lado bom da incerteza é o de muitas vezes nos tirar de lugares onde a certeza nos propõe a comodidade, o lado ruim da incerteza é nos remeter a covardia de aceitar o comando do mundo por medo da escolha, escolha essa que em suma nos remete a uma perda, a perda que na independência da sua significância nos leva a reflexão que questiona se a felicidade reside então no aprender a lidar com as perdas?

Mas se por hora é inevitável, que então seja o abrigo da leveza, do menos calculado, do menos programado, o momento de recompor para que a retomada seja suportada, onde a recompensa do convite a essa submissão seja a de encontrar uma direção, ou na incerteza, ter a certeza de que o caminho existe apenas para ser caminhado, configurando ao menos a certeza do que não se pretende vivenciar, a certeza do saber onde não queremos pisar pode trazer a certeza de onde queremos estar, mas na falta de uma persistência, acabamos deixando de ser um caminhante para nos tornarmos inerentes ao caminho, o caminhante que na busca do seu rumo encontra a profundidade do eterno aprendiz que por hora escorregou na superficialidade do fácil, o fácil que não provem da facilidade de ser útil, mas da inutilidade de ser medíocre, a vantagem do desvio é de nos ensinar o quanto tudo no fundo pode ser simples, pela simples possibilidade de ser construído independente do
tempo, por que no fundo somos o que podemos ser para aquele momento e tudo bem, tudo bem se assim for o que se quer; claro que temos que aprender a reconhecer o limite da hipocrisia e do compreender, o limite que divide o preciosismo do realismo, configurando assim a paz por ser honesto com suas convicções, e respirando o alivio da legitimidade de
ser legitimo consigo mesmo, e que a felicidade está nas mãos de quem manipula a vida como quem escolhe a direção do atirar de uma pedra, sabendo que ao atirar a pedra esta não estará mais nas mãos de quem a atirou.


      ARTESÃO AMIGO 
     FÁBIO DERVILANI




O Fábio é uma dessas pessoas incríveis que a gente conhece graças aos acasos da vida. Poeta crônico, cronista poético, um dos autores da peça "NAS ASAS DO TEMPO!", da qual tenho a grata oportunidade feliz de participar. Nos próximos texto trarei mais informações sobre este meu recente (e já grande) AMIGO!









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